24º Capitulo

A minha mãe chamou-nos e descemos para jantar. O jantar correu bem, e foi já quando estávamos a tomar café que tocaram à campainha.

Assim que vi as minhas pestes a entrarem corri para apanhar o meu menino.

 

P – Didi, rafinha! – gritei super entusiasmada.

Didi e Rafa – Pima!

 

Disseram as duas pestes com um sorriso nos lábios no auge dos seus dois aninhos, os meus meninos lindos. Cumprimentei os meus primos e sentamo-nos na cozinha a conversar e aproveitei para apresentar o meu amor aos meus primos, que iam contando as aventuras dos pequeninos.

Vi o Rúben ir até à sala e ficar por lá, fiquei mais um pouco à conversa com os meus primos mas acabei por me levantar e ir ver o que se passava na sala. Quando entrei fiquei logo derretida com a imagem que vi, o pequeno Didi a dormir no colo do Rúben e o Rafinha encostado a ele a ver televisão.

 

P – Então amor?

R- Então amor, ele estava quase a dormir, todo torto, peguei nele para o ajeitar mas ele quis ficar no meu colo a dormir.

P – Uhm, assim vou ficar com ciúmes. – Disse com um sorriso matreiro quando resolvi meter-me com ele.

R- Quando chegarmos a casa dou-te o colinho todo que quiseres linda.

P- Nem penses Rúben, eu vou para casa.

R- Sim amor, para a minha. Não me vais fazer atravessar a ponte ainda hoje pois não?

P – Oh Rú, e como fazemos amanhã?

R – Eu combino com o Manz e vou busca-lo, assim não tenho de voltar sozinho.

P – Assim está bem.

 

Cheguei-me mais junto dele e beijei-o suavemente, encostei-me a ele e chamei o Rafinha para o meu colo e ficamos ali, todos juntos uns dos outros. Só quando os meus primos chegaram à sala para avisar que iam embora porque já estava tarde é que vimos as horas, já estava realmente tarde. Os meus primos foram embora e nós também depois de ter dado uma ajuda à minha mãe na cozinha.

Chegamos a casa do Rúben e ele quase automaticamente colou-se a mim.

 

P – Amor não estavas cansado?

R – Mas para estar agarradinho a ti nunca estou cansado. Mas olha amor, vamos já dormir?

P- Não Rúben, até porque quero falar contigo?

R- Comigo? Sobre o quê?

P – Sobre a nossa relação Rúben.

R – Mas o que é que se passa? E para quê tanto secretismo?

P – Amor só quero falar sobre uma coisa que tenho andado a pensar.

R- Patrícia estás me a assustar.

P – Amor tal como aconteceu hoje que eu fiquei cá a dormir, muitas vezes és tu que dormes na minha casa portanto eu fiz isto – levantei-me e fui até à minha mala enquanto o Rúben acompanhava os meus movimentos através do seu olhar – amor eu fiz uma cópia das minhas chaves de casa e quero que fiques com elas.

 

O Rúben não me respondeu e levantou-se logo da cama, algo que me deixou extremamente revoltada e irritada. Levantei-me e comecei-me a vestir.

 

R- Vais onde?

P – Vou embora! Um simples não quero as tuas chaves de casa chegava, não precisavas de te levantar da cama assim sem me dizer uma única palavra. Estava apenas a ter um gesto para contigo que nunca tive com outro namorado meu porque confio em ti e porque te quero ter junto de mim o máximo tempo possível mas parece que não percebeste isso portanto é melhor ir.

 

Enquanto ia falando tudo o que sentia o Rúben mantinha-se de pé, à entrada do quarto sem dizer uma única palavra, o que me enervou ainda mais. Acabei de me vestir e dirigi-me à porta onde ele se encontrava encostado.

 

P – Se calhar é melhor ficarmos por aqui, pelos vistos deves ter passado a gostar mais das relações sem conversas e eu só quero o teu bem. Tchau Rúben.

 

Já tinha virado as costas quando senti a sua mão no meu braço a impedir-me de continuar a andar.

 

R- Onde é que pensas que vais? Dizes tudo e nem sequer esperas para ouvir o que tenho para dizer?

P – Ouvir o que tens para dizer, já te dei mais do que tempo para falares enquanto me acabava de vestir e tu nem uma mera palavra foste capaz de dizer Rúben.

R – Estava a tentar perceber se ias parar para me ouvir mas pelos vistos não. Mas agora importas-te, por favor de parar sossegada um pedaço e ouvir o que tenho para dizer?

P – Se tu fores capaz de me largar o braço eu oiço-te.

 

Ele largou-me o braço e seguiu em direcção à cama onde se sentou, sei que ele estava à espera que lhe seguisse os passos mas achei que não o deveria fazer.

 

R – Bem tal como tu disseste, realmente é mais fácil eu ter uma chave de tua casa, e eu levantei-me porque quando dormiste cá a última vez eu fiquei a pensar em fazer uma cópia da chave da minha casa para te dar, que já fiz e levantei-me para a ir buscar – levantou a sua mão e abriu-a deixando me ver um molho de chaves – se me levantei sem dizer nada foi porque queria falar tudo quando tivesse em frente à mulher que amo com as chaves da minha casa na mão para lhe entregar como mais uma prova de amor e mostrando-lhe que subimos mais um degrau no nosso amor. Mas tu, preferiste tomar conclusões precipitadas e explodir logo. Quanto a eu ter passado a gostar mais das relações com menos conversas, nem por isso, gosto da nossa relação exactamente como está. E agora, está aqui a chave da minha casa, para ti, para entrares quando quiseres sem qualquer restrição, e para saíres se for isso que quiseres.

Não disse nada, ele tinha metido as chaves na minha mão, explodi sem razão e isso estava a custar-me admitir por ser demasiado orgulhosa.

 

Sai do quarto e fui até à sala em silêncio depois de passar pela porta de entrada e abri-la, ponderei se havia de sair ou ficar, voltei a fecha-la, passando para a sala.

 

Sentei-me no chão, a olhar para uma moldura que estava na estante, uma moldura que tinha a nossa primeira foto, aquela que tiramos na praia.

Não ouvi qualquer barulho vindo do quarto durante uns segundos, até que ouvi algo que me cortou o coração.

Ouvi o choro ténue do Homem da minha vida sabendo que eu o tinha magoado deixou-me de rastos e rapidamente desatei num pranto. Não podia suportar tê-lo magoado, e por uma vez na minha vida tinha de combater o orgulho que tinha.

Levantei-me a muito custo e fui até ao quarto, o Rúben estava sentado no mesmo sitio mas agora com as mãos a cobrir o seu rosto.

 

R – Pensava que te tinhas ido embora.

P – Desculpa amor, fui uma parva, magoei-te por ter explodido.

 

As lágrimas que corriam pelo meu rosto e os soluços do meu choro mal permitiam ao Rúben perceber o que dizia.

 

P – Eu sei que não mereço mas no entanto peço-te na mesma, perdão meu amor.

 

O Rúben não disse nada, e eu também não falei mais nada virei costas e vim-me embora.

 

 

E agora, será que o Rúben vai desculpar a Patrícia?

 

 

Oláá meninas, bem deixo-vos aqui mais um capitulo, fico à espera do vosso feedback :)
Chana Silva, tentei ver o teu blog mas não consegui :x tenta deixar o link novamente, fiquei curisosa :)
Beijinhos a todas e espero que gostem :) 

Patrícia :)

publicado por quandomenosseespera às 01:32